O projeto Universidade Gratuita foi o primeiro grande desafio do governador Jorginho Mello (PL), na Assembleia Legislativa e acabou aprovado com apenas dois votos contrários. Não se pode dizer no entanto que é uma vitória do governo.
Quem acompanhou os bastidores da tramitação sentiu a resistência inclusive de deputados e em determinado momento a afirmação que a proposta não passaria, caso não houvessem mudanças. Inicialmente o governo endureceu a negociação com dificuldades de diálogo arrancando resistências inclusive de integrantes da própria bancada do PL, partido do Governador. O número de emendas apresentadas ao projeto confirma o cenário desastroso que se desenhava.
O percentual do projeto original, de 80% dos recursos para as Universidades Comunitárias e 20% para as particulares foi combatido pelas particulares que buscaram aliados fora da trincheira.
A guerra se estabeleceu mas foi arrefecida principalmente pela articulação intensa capitaneada pelo presidente da Assembleia, Mauro de Nadal (MDB), e um grupo de deputados que buscou o entendimento, e pela presidente da Acafe, Luciane Ceretta, incansável em 60 dias de tramitação da proposta. Diante do cenário, o governo precisou recuar para buscar a aprovação .
A vitória arrasadora se consolidou em plenário, com apenas dois votos contrários e foi comemorada pelo Governador Jorginho Mello. A realidade no entanto é que a tramitação do projeto Universidade Gratuita demonstrou a fragilidade do governo quando se trata de projetos polêmicos e que exigem articulação e diálogo. Inclusive diante de seus próprios aliados mais próximos, o próprio PL.