Os detidos em Sombrio - Karina Manarin
Os detidos em Sombrio

Os detidos em Sombrio

A Polícia de Sombrio cumpriu hoje mandado de prisão contra quatro cabos eleitorais do ex- presidente da Câmara de Vereadores e candidato à reeleição pelo PSD, Elisandro Guimarães de Oliveira, o Grosso. 

O candidato também teve a prisão decretada mas está foragido. A polícia continua as buscas ao próprio candidato e a mais um de seus cabos eleitorais. Eles são acusados de compra de votos neste pleito eleitoral.

O Processo originou-se em Inquérito Policial que teve Representação do Ministério Público Eleitoral com pedido de prisão. O pedido foi aceito pelo juiz Yannick Caubet. 

“A prisão preventiva  é para garantir a ordem pública e a Instrução Criminal na Justiça Eleitoral e não tem prazo para a liberação. Nós ainda estamos em busca do candidato a vereador Elisandro Guimarães de Oliveira e do cabo eleitoral Josivan Coelho Pereira”, informou o delegado Luiz Otávio Pohlmman, responsável pela operação.

Segundo informações do delegado foram detidos:  Renan Alexandrino, Gigliano da Silva Miguel, Jair da Cunha Costa e  Sandro Ricardo da Cunha Neves.

“Ao que se infere do que foi apurado na etapa administrativa da persecução penal, o acusado e candidato a mais um mandato de vereador Elisandro Guimarães de Oliveira, também conhecido sob a alcunha de "Grosso" , além de o fazer pessoalmente, vale-se reiteradamente dos trabalhos de seus colaboradores de campanha ("cabos eleitorais" ), também acusados, Josivan Coelho Pereira, Jair da Cunha Costa, Sandro Ricardo da Cunha Neves, Gigliano da Silva Miguel e Renan Alexandrino, para dar, oferecer e prometer a terceiros todos os tipos de dádivas e vantagens (consistentes no fornecimento de cestas básicas, fardamento para times de futebol, materiais de construção, regularização de veículos com débito, vale-gasolina, quitação do IPTU, agilização e obtenção de exames médicos e consultas na rede pública de saúde, e pagamento de taxas para obtenção de CNH e carteira de identidade), com o objetivo  de captar ilicitamente votos para o pleito o qual concorre para o cargo de vereador no município de Sombrio”, diz uma parte do processo.

São citadas também algumas as conversas telefônicas interceptadas pela polícia. Os telefones haviam sido grampeados para outra investigação mas surgiu a suspeita de compra de votos. Várias ligações estão descritas , entre elas essa:

“Às 16:50:07 hrs, "Grosso" recebe uma ligação de VALCIR, ramal nº xxxx, o qual fala que ajudará, além de outra, na campanha de "Grosso" mas que, por hora, tinha um amigo consigo que estava precisando de R$ 150,00 para arrumar o documento de seu carro, sendo que, este poderia conseguir vários eleitores (Bairro São Francisco), além de adesivar o carro e moto de sua propriedade. (Conforme áudio/anexo 08)

Às 17:31:24 hrs, ambos entram em contato novamente e se encontram em frente a igreja católica, no centro de Sombrio/SC. (Conforme áudio/anexo 09)
Resta comprovada na gravação acima, a captação de votos em favor do vereador investigado, através do pagamento de dinheiro à potenciais eleitores.”
 

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