Se as contas forem colocadas a mesa no PP de Criciúma, por certo, o partido terá candidato a prefeito e sem coligação com o MDB. Isso porque, em 2016, ficou comprovado que a cartada capitaneada pelo então prefeito Márcio Búrigo, de coligar com o MDB não somente na majoritária, mas na proporcional, minguou o PP no município, reduzindo inclusive o número de eleitos para a Câmara de Vereadores.
A expectativa de eleição de quatro foi cortada em 50%, elegendo apenas dois. Isso sem contar a perda de lideranças como o atual presidente do PR de Criciúma, Nicola Martins, cortado da lista de candidatos a vereador a época.
Com esse raciocínio e levando em consideração também a ausência de coligação na proporcional, líderes do partido já avaliam a necessidade de marcar posição, mesmo que o ex-deputado Jorge Boeira recue, apesar de ser ele a principal carta do partido hoje.
Leva-se em consideração também os últimos passos do prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, que indicam a manutenção da coligação com o PSD ou um plano “B”, que já ronda os bastidores, de possibilidade de ter um vice de outro partido que não é o PP.
Sempre que se fala em bastidores políticos em Criciúma e na próxima eleição municipal, surge junto com o nome do prefeto Clésio Salvaro, considerado ainda o mais forte no cenário, o do secretário Geral Arleu da Silveira.
Vereador mais votado em 2016 e de total confiança do prefeito, Arleu é peça chave e por isso já citado como possível vice de Salvaro pelo PSB. Faz parte das conjecturas atuais essa hipótese de “plano B”.
A tese envolvendo a possibilidade de Arleu da Silveira compor como vice de Salvaro tem como pilar principal a possibilidade de após sua reeleição, o atual prefeito colocar o nome para concorrer em chapa majoritária em 2022. Para isso, teria que renunciar e a prefeitura ficaria por dois anos nas mãos de seu vice com possibilidade de candidatura à reeleição.
