Durante a visita ao Diário de Notícias, o prefeito de Brusque, Paulo Eccel, fez explanações sobre mudanças no partido. Considerou que existem "vários PTs", que precisam ser unificados e por isso, tem propostas como o Colégio de presidentes. A partir daí, o questionamento feito foi sobre o mensalão e a qual dos "PTs"ele pertence. Acompanhe o que disse o prefeito:
O mensalão é um deses vários PTs?
O mensalão é uma história mal contada a respeito do processo político brasileiro. Quando Fernando Henrique Cardoso comprou os parlamentares pra votar na reelaição dele teve mensalão. Os parlamentares votaram a favor da reforma. É fundamental que a gente faça a discussão da história do mensalão com a Reforma Política. A única maneira de evitar ou reduzir a corrupção na polítca é com a reforma, e não a perfumaria que o senado votou nessa semana. Precisamos ir mais a fundo discutir o financiamento das campanhas.
O Sr esta admitindo que teve o mensalão então? Desde o governo FHC é uma prática?
Se eu to admitindo que tem porque com o PT se chama isso de mensalão e não se chama de mensalão o que aconteceu no governo do FHC?
Deve ser a mesma coisa, mas independente de quem pratica não deveria existir…
Justamente mas isso tá ligado. Quando um prefeito numa cidade constrói sua base de apoio, para ter voto e isso é hipocrisia falar de forma distinta, muitas vezes um prefeito ter voto de um vereador, ele tem que fazer um agrado para o vereador.
O Sr faz isso?
Todos fazem. Essa prática é comum e é hipocrisia falar de forma distinta. Aquilo que está se debatendo hj em relação ao mensalão, o PT deveria ter implodido isso, deveria ter dado um basta.
Era isso que o povo brasilieiro esperava…
Mas o PT foi eleito com as mesmas regras de tantas eleições anteriores e que vão continuar acontecendo. Tudo isso relacionado as formas de financiamento de campanhas eleitorais. Hoje, quem financia as campanhas em qualquer lugar financia porque quer algo em troca e muitas vezes políticos pregam coisas no palanque mas na prática não cumprem. Mas não é porque não querem, muitas vezes está ligado a quem o financiou. Se não dançar na mesma música com certeza não terá financiamento na campanha seguinte. O Brasil precisa discutir o financiamento público de campanha.