Processo de expulsão de deputados parece ter tomado proporções pessoais - Karina Manarin
Processo de expulsão de deputados parece ter tomado proporções pessoais

Processo de expulsão de deputados parece ter tomado proporções pessoais

Apesar do trâmite legal a ser cumprido, a informação de bastidores é que a decisão de expulsão dos deputados estaduais Jesse Lopes e Ana Campagnolo estaria tomada. Os pedidos protocolados ontem na reunião de representantes das Executivas estadual e Nacional do PSL, são anônimos, alegam infidelidade partidária e tem prazo de 40 dias para definição final.

A participação do Governador Carlos Moisés no processo não foi oficialmente confirmada mas há indícios de que aconteceu, a iniciar pela presença do Secretário da Casa Civil, Douglas Borba na reunião em Brasília ontem.

Impressão é de resposta rápida ao comportamento dos deputados frente ao episódio de isenção de impostos, onde os dois mantiveram firme posição contrária. No caso de Jessé Lopes o retrato do governador “de castigo” seria agravante.

Mesmo assim, o processo parece ter tomado proporções pessoais, já que em um cenário político sem esse ingrediente, conversa com advertência poderia ser o suficiente.

O argumento de infidelidade partidária não parece forte o bastante se levado em consideração o alinhamento dos dois deputados com a ideologia pregada pelo presidente Jair Bolsonaro. Mais ainda, quando o PSL não fechou questão em relação às votações na Assembleia. 

Tanto o deputado Jessé Lopes quanto Ana Campagnolo participaram ontem da sessão na Assembleia e demonstraram tranquilidade quanto a situação.

O Governador Carlos Moisés, se é que de fato solicitou a expulsão dos deputados, demonstrou não somente falta de experiência mas de habilidade para lidar com situações extremas.

Colocou fogo no PSL confundindo com o quartel o qual comandava, onde ordens eram simplesmente obedecidas. Na política o diálogo é essencial.

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