Em meio ao processo de impeachment do Governador Moisés, do PSL e da vice, Daniela Reinher, que tramita na Assembleia Legislativa, ganhou força a Proposta de Emenda Constitucional que prevê eleições diretas em caso de vacância do cargo de Governador e vice em qualquer tempo, exceto nos últimos seis meses de administração.
Atualmente, a regra vigente é que em caso de impeachment em até dois anos de governo, as eleições são diretas e depois disso, a escolha é realizada indiretamente. O projeto do deputado Bruno Souza, do Novo, necessita de 14 votos para que possa ser colocado em tramitação e por ora, conta com nove assinaturas.
Caso seja colocado em tramitação precisará passar pela Diretoria Legislativa, Primeira Secretaria da Mesa Diretora, Comissão de Constituição e Justiça, Admissibilidade pelo Plenário, CCJ, demais comissões da Assembleia, votação do mérito em Plenário e nova votação em segundo turno, do mérito no plenário.
Se levado em consideração o fato de ainda não haver 14 assinaturas , de estarmos quase em outubro, ou seja, pouco tempo para o fim do ano e toda a tramitação necessária, há de se considerar a dificuldade para aprovação da PEC para que tenha validade em caso de se concretizar o impeachment do Governador e da vice.
Chama atenção entre os deputados que assinaram a PEC da eleição direta, que dos nove, seis, ou seja, a maioria, votou a favor do prosseguimento do processo de impeachment do Governador Carlos Moisés: João Amin, do PP, Pedro Baldissera e Neodi Saretta, do PT, Jessé Lopes, Sargento Lima e Ana Campagnolo, do PSL.
Os demais votaram contra o impeachment: Bruno Souza, do Novo, autor da proposta, Paulinha, do PDT e Coronel Mocelin, do PSL.