O prefeito eleito de Balneário Rincão, Luiz Laurindo (PSD), adiantou que deve realizar uma Reforma Administrativa com a criação da Secretaria de Assistência Social.
Na entrevista que concedeu ao blog, ao lado do vice-prefeito Carlito Darolt (MDB), Luiz Laurindo antecipou ainda que deve chamar pelo menos dois vereadores para o secretariado.
O prefeito eleito falou também de planos para o município, como busca de recursos para saneamento básico e mudanças na saúde. Luiz Laurindo avalia que o agendamento para atendimento nas Unidades de Saúde não é método eficiente e sugere mudanças.
Carlito Darolt, vice-prefeito eleito e Luiz Laurindo, prefeito eleito do Balneário Rincão
Confira a entrevista:
O município de Balneário Rincão teve uma grande mudança a partir da gestão Jairo/Luiz com melhorias principalmente em Infraestrutura. Qual o próximo passo?
Vejo que não é só o fato de nós cumprirmos o nosso Plano de Governo. O fato principal é e esse é nosso maior desafio, é dar continuidade. O ritmo do Rincão.Se nós continuarmos com o mesmo ritmo, nós vamos alcançar tudo aquilo que planejamos.
O que foi planejado/ O que vocês pretendem alcançar agora?
Se nós conseguirmos manter o ritmo do Rincão, a infraestrutura ainda continua sendo importante e principalmente a saúde para a nossa cidade. Infraestrutura principalmente agora na área das Lagoas. Acredito que na Beira-mar fizemos o suficiente. Pode-se inovar, trazer mais opções. Mas o principal objetivo agora é ir para as lagoas. Questão de infraestrutura. Levar qualidade de vida ali para as pessoas no sentido de estrutura principalmente a nossa Lagoa dos Freitas que é a Lagoa que mais tem extensão de orla pública então temos um projeto bem legal de uma estrutura como fizemos na Lagoa do Jacaré, um pouco mais ampliado.
Isso no sentido de atender a própria população ou de atrair turistas?
Os dois. Tu traz valorização do imóvel, e isso atinge diretamente a comunidade e também atrai o turismo. A infraestrutura realizada em qualquer ambiente na cidade ela também atrai o turismo.
Eu digo isso prefeito porque se ouve da população nativa do Rincão que a administração prioriza projetos para “turistas” e falta olhar, atender para os nativos, aqueles que moram na praia…
Eu acredito que nós cumprimos tudo aquilo que foi planejado. Qual era e qual é a principal reivindicação de todos os bairros? Pavimentação. E nós conseguimos alcançar 55 quilômetros de pavimentação em oito anos. Olha como volta no nosso maior desafio que é manter o ritmo. Se nós conseguirmos manter o ritmo do Rincão nós podemos fazer mais 55 Km em quatro. Porque tudo isso depende de arrecadação…
Essa melhoria na infraestrutura sobre a qual estamos falando envolve também uma mudança no Plano Diretor que libera prédios com até 14 andares no município. E isso desperta também uma outra necessidade que é a do saneamento básico. Já existem planos para isso?
Não só a orla marítima mas temos sete lagoas que nos rodeiam. Então essa tem que ser não uma preocupação e sim a maior preocupação.
Então posso afirmar que sua maior preocupação hoje é essa?
Com certeza. Nós temos essa sete lagoas, nós extraímos a água que nós consumimos não somente no Rincão mas também fornecemos para alguma parte de Içara e que até 2033 temos que apresentar alguma coisa de saneamento. Isso não é mais uma vontade do prefeito mas uma imposição federal que eu acho interessante. Mas ao mesmo tempo nós temos um Plano de Saneamento aprovado, não temos o projeto, porque isso é uma coisa muito cara.
O sr vai buscar recursos?
Aí que está o detalhe. Nós somos a cidade mais nova do Brasil. Além de recurso, eu tenho que buscar prazo para isso. Tenho que indicar um projeto onde eu tenha que fazer que essa execução não seja exigida do Rincão assim como é exigida de Criciúma que tem 150 anos. Mas isso, tem que trabalhar junto aos deputados enfim… mas de fato o recurso para o Rincão fazer isso não tem mas nós temos que sim buscar amparo talvez na esfera federal.E no nosso Plano de Governo existem algumas, e eu acredito também que existe alguma inovação no sentido e saneamento. Porque o saneamento há dez anos era um preço. Hoje ele se torna mais barato, mas através do que? De Inovação. Tem alguns e eu não vou citar detalhes aqui mas é algo interessante. Algumas áreas podem ser canalizadas, outras podem ser subtraídas, tem como fazer Parceria Público Privada. Então existe um plano nosso de como vamos iniciar.
Outro ponto que é alvo de reclamação da população é quanto a saúde. O que fazer para melhorar?
Primeiro temos que capacitar as pessoas. Nós passamos oito anos no governo e investimos muito na saúde mas não capacitamos. O que é capacitar? Treinamento corporativo, para atendimento. Porque as vezes, e eu fui secretário três anos, é preciso saber explicar como funciona e dar a maior atenção possível para tentar resolver a questão. As vezes as pessoas cobram não é o fato de não ter mas de atender mal, de não apresentar uma alternativa. Em questão de ampliação. Aí temos que trabalhar a ansiedade das pessoas no sentido de atendimento urgente e de emergência.
Como é a estrutura de saúde hoje?
Temos cinco postos de saúde contando com o Central com atendimento estendido, que vai até às 22 horas. Outras coisa que temos que mudar é o atendimento agendado. Eu não concordo.
Como faz?
Atende por ordem de chegada. Assim que a pessoa chega tem que ser atendido. Quando eu fui secretário não tínhamos agendamento. Mas ao mesmo tempo fazer agendamento para as pessoas que precisam. Por exemplo, um idoso. Ele pode agendar. O agendamento tem que ser para essas pessoas. E voltando na questão da ansiedade. Nós não temos um pronto atendimento e seria muita irresponsabilidade minha abrir um 24 horas. Eu escuto de cidades com mais capacidade de recursos, na nossa região que tem 24 hortas e tem tudo para fechar porque não tem condições de manter. Hoje o custo seria de R$ 600 mil por mês. Em um ano R$ 7,5 milhões. Em quatro anos R$ 28 milhões. Então para suprir essa necessidade preciso tirar a ansiedade das pessoas. E como fazer? Ter um pronto atendimento no horário das 8 até a meia noite. Tem que ter suporte técnico para isso. Reduzo esse custo, se era R$ 600 mil o 24 horas acaba me custando R$ 200 mil.
Mas então não pode ficar doente de madrugada no Rincão?
Aí que está. Da meia noite até as oito da manhã eu terei suporte também. Ambulância do bombeiro voluntário e Samu. Eles têm que estar na cidade. A ambulância para o Bombeiro Voluntário nós ganhamos uma da Júlia Zanatta. Chega agora até dezembro. Então a ideia é que esse Bombeiro voluntário tenha um local, de referência, que nós inclusive já providenciamos, e que faça esse atendimento caso necessário. Isso reduz o custo e tira essa ansiedade das pessoas.
O sr falou que teria condições de mais pavimentação na cidade mas que as obras dependem da arrecadação. Qual a expectativa quanto a essa arrecadação nos próximos anos?
Se nós mantermos o ritmo do Rincão, vamos alcançar patamares que vão surpreender. O ritmo de auto-estima do morador e do investidor. Nós passamos de cinco indústrias para cerca de 40 empresas que devem se instalar. Até o final do ano queremos 23 empresas instaladas no novo Distrito. São mais de 9 hectares que nós desapropriamos e tinha um informal mas já formalizamos e vamos entregar as escrituras. Nós temos um imposto, o ITBI. No Rincão, lá em 2017 a 2018 nós arrecadamos R$ 800 mil . Nós finalizamos 2022 até o começo de 2024 com mais de R$ 9 milhões. Isso são os prédios, os condomínios, a transação imobiliária. Os maiores investidores da nossa região estão veraneando no Rincão.
Posso dizer então que a transação imobiliária é a principal fonte de renda hoje do município?
Claro. A principal. Nós temos o último IBGE que apontou população de 16 mil pessoas. O nosso cadastro aponta mais de 20 mil e eu acredito que se tivermos outra avaliação do IBGE, com essa autoestima, isso também atrai recursos da União para nós. Nós vamos chegar a 30 mil habitantes.E principalmente, ela tem que ser uma bandeira que o Rincão ele será o maior beneficiado mas ele influencia em 10% daquilo que será a obra mais impactante de toda a região, e principalmente para o Rincão, que é a continuação da Via Rápida. Nós fizemos um projeto da Via Rápida e o custo ficou muito alto R$ 43 milhões.Temos que enxugar e buscar realizar essa obra. O desenvolvimento econômico do Rincão para também por isso. Os acessos.
Prefeito, quanto ao secretariado. Vai haver mudanças, o sr pretende uma Reforma Administrativa?
Nós vamos mexer em algumas linhas de frente. Vamos remanejar algumas pessoas e vamos ampliar. Vamos desvincular a Assistência Social da Educação. Vamos trazer um olhar diferente. Porque o Rincão é uma cidade turística, uma cidade que não é de assistencialismo mas ao mesmo tempo temos muitas pessoas que precisam. Então temos que fazer uma assistência de desenvolvimento social. E temos a possibilidade de fazer isso agora.É um pedido meu ao prefeito Jairo para que possa ser feito agora no fim do ano. Para que possamos iniciar o mandato já com esse novo secretário.
O papel do vice-prefeito em seu governo…
Eu vejo como um dos mais importantes nessa sintonia de governo, nessa parte política. No primeiro momento o Carlito não assume secretaria porque além do papel de vice-prefeito, ele vai ajudar também na parte de articulação política.
O sr chama algum vereador para o Secretariado?
Sim, vamos chamar. Estamos estudando, vai ter vereadores que vão assumir secretarias e a intenção é chamar um do PSD e um do MDB.