Liderança nova na Câmara de Vereadores de Criciúma, Marcos Machado pretende a reconstrução do MDB na cidade e para isso conta com antigos caciques do partido como o ex-governador Eduardo Moreira, a ex-deputada Ada de Luca.
Na entrevista que concedeu ao blog, ele cita Salomão para justificar a necessidade de ouvir o conselho dos líderes que outrora comandaram o partido e contribuíram para seu crescimento.
Conhecido como Marquinhos, ele antecipa que seu nome está à disposição para comandar o MDB de Criciúma ainda neste ano e se posiciona também quando o assunto é o possível aumento no número de vereadores da cidade. Diz ser contrário e faz certa crítica ao trabalho realizado pela Câmara de Criciúma.
“ Eu acho que a Câmara de Vereadores precisa primeiro aumentar o nível do seu trabalho e depois apresentar para a sociedade um resultado que justifique um aumento no número de vereadores”, resume.
Vereador Marcos Machado pode assumir o comando do MDB em Criciúma
Leia a entrevista na íntegra:
O sr fez um discurso na tribuna dizendo que mudou de ideia quanto a questão do aumento do número de vereadores em Criciúma. Uma pauta que ainda não é explícita mas que sabemos, vem sendo analisada. O que o fez mudar de ideia?
Eu comecei a ouvir os anseios da sociedade principalmente atuar ali na Câmara de Vereadores e perceber o momento que vivemos. Eu não consigo perceber que alguns pares aqui na Casa estejam preparados para esse debate. Eu acho que a Câmara de Vereadores precisa primeiro aumentar o nível do seu trabalho e depois apresentar para a sociedade um resultado que justifique um aumento no número de vereadores. Hoje não consigo perceber isso hoje, esse trabalho que justifique o aumento de vereadores.
De que forma esse trabalho pode ser feito? O que falta em sua opinião?
Penso que precisamos discutir a matriz econômica da cidade, discutir políticas públicas que realmente surtam efeito na vida das pessoas na ponta… as questões administrativas da Câmara de Vereadores precisam ser tratadas dentro da Câmara de Vereadores. Os poderes são independentes e harmônicos entre si . Não tem como discutir uma questão administrativa da Mesa Diretora da Câmara de Vereadores, e alguns vereadores saírem da Câmara e se queixarem com o Paço. Você tira a independência e a liberdade de trabalho do vereador. Então, eu não consigo enxergar motivo hoje, no cenário em que a gente vive, para aumentar o número de vereadores.
Vai acontecer troca no comando de seu partido, o MDB. Hoje o presidente é o Paulo Ferrarezi, que disputou a prefeitura de Criciúma em 2024. Seu nome está à disposição para assumir a presidência do MDB em Criciúma?
Primeiro dizer que o Paulo Ferrarezi é um grande líder do MDB, tem meu respeito, é um vereador de muito trabalho, três mandatos, foi uma liderança comunitária e a questão da presidência do MDB a gente precisa discutir dentro do colegiado. Eu sou um soldado do meu partido. Não é segredo para ninguém que tenho vontade de construir minha carreira política dentro do MDB. Mas o MDB de Criciúma ao mesmo tempo tem que fazer um ato penitencial e se conectar com a sociedade. Como vamos fazer isso? Precisamos dar oportunidade para que pessoas que tenham vontade de trabalhar a cidade de Criciúma e o gripo político do MDB para os próximos anos. E aí eu me coloco à disposição do grupo político ao qual pertenço, para construir esse caminho.
O MDB é um partido que jé foi muito forte em Criciúma, com a prefeitura e a maior bancada de vereadores. Não se percebe o mesmo cenário atualmente. O sr é o único representante da sigla na Câmara. Como o sr pretende resgatar o partido?
Primeiro respeitar as lideranças que nos trouxeram até aqui. Em momentos passados houve esse rechaço de lideranças que nos trouxeram até aqui, que doaram a sua vida. Salomão quando adorava a Deus ele pedia sabedoria. E Deus pedia que ele procurasse a sabedoria nos anciões do templo. Então não tem como a gente construir os próximos anos do MDB sem ouvir o ex-governador Eduardo Pinho Moreira, o Paulo Meller, a Ada de Luca, o Ronaldo Benedet e tantas lideranças que nos trouxeram até aqui. Obviamente nós precisamos viver o nosso tempo mas a experiência dessas pessoas não pode ser rechaçada e a partir do momento que a gente ouve a experiência com a nossa vontade de fazer, vamos conseguir construir os próximos anos do MDB de Criciúma.
O sr foi do DCE enquanto estudante de direito e a época o sr em uma entrevista disse que gostaria de ser prefeito de Criciúma. Qual o seu planejamento neste sentido. Quando o sr pretende se candidatar a prefeito da cidade?
Isso aí a sociedade vai dizer. Eu tenho que aprender muito, sou vereador de primeiro mandato. A minha preocupação hoje é fazer um bom mandato de vereador, atender a sociedade, as demandas do nosso gabinete. É bem verdade que eu me preparei e me preparo muito para exercer a atividade política. Meu foco hoje é fazer um bom trabalho e buscar a reeleição na Câmara de Criciúma. Nosso planejamento aqui, a meta do gabinete é estar entre os três vereadores mais votados de Criciúma na eleição de 2028. Obtendo esse sucesso então vamos fazer o planejamento para os próximos anos.
Então seu nome não está à disposição por exemplo para a eleição para 2026 talvez como candidato a deputado…
De forma alguma, sou pré-candidato à reeleição a vereador em 2028. Eu acho que em 2026 temos bons quadros aqui do MDB, temos o deputado Volnei Weber, que é de São Ludgero, um deputado extremamente trabalhador, preparado, realizador e empresário de sucesso. Temos o deputado Tiago Zilli que é de Turvo, que são deputados que merecem nossa atenção aí. E agora o delegado Jorge Koch, que é de Orleans, colocando o nome à disposição também e esse projeto nos agrada muito.