Sou pré-candidato natural à reeleição, diz prefeito Clésio Salvaro - Karina Manarin

Sou pré-candidato natural à reeleição, diz prefeito Clésio Salvaro

O prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, do PSDB, assumiu sua condição de pré-candidato à reeleição com o PSD indicando o vice. A provável chapa deve repetir Ricardo Fabris no posto. Pelo menos é essa a tendência que soa como acordo já firmado entre líderes tucanos e do PSD. Com isso, já há pelo menos uma tendência de chapa para o pleito eleitoral de 2020 no município.

O confuso cenário ainda não apontou adversário para Salvaro. Tanto que na entrevista que concedeu à coluna, ele aponta como adversários os problemas que ainda precisa resolver no mandato. Aperas das constantes conversas com líderes do PP, em especial o presidente da Câmara, Miri Dagostin, o prefeito mudou o discurso quando o assunto são os progressistas.

Se antes afirmava com veemência que gostaria de tê-los na chapa, agora diz que é positivo que tenham um candidato porque vai “elevar o nível do debate”. O prefeito aponta ainda como uma das demandas recorrentes de seu governo a geração de empregos mas quando o assunto é o Porto Seco, antecipa que por ora, o município não tem recursos para investimentos.

O sr diz que tem conversado com algumas lideranças do PP porque gostaria de ter o partido na sua coligação. Continua nessa mesma linha?

Efetivamente só vou tratar de eleição a partir de março ou abril do próximo ano. Ocasionalmente no entanto, tenho encontrado algumas lideranças do PP e quando provocado sobre o assunto sempre digo: o PP é um parceiro que me interessa. Porque é um tipo de aliança que não preciso ficar dando explicação, é aceitável, a sociedade aceita esse tipo de aliança. Mas também se o PP tiver projeto de ter candidato próprio, é também algo que vejo como muito positivo porque o PP vai colocar alguém que vai elevar o nível da discussão e da campanha eleitoral.

Mesmo que o sr só queria falar sobre eleição no ano que vem, pelas suas declarações há de se concluir que o sr é pré-candidato à reeleição…

Sou pré-candidato, natural, e imagino que outros partidos também já tenham seus pré-candidatos

Quem é seu adversário político?

Eu não tenho focado nisso. Hoje meu adversário está nas estradas, aqueles buracos que preciso pavimentar ruas, os problemas que tenho hoje na gestão, que são os meus maiores adversários. Problemas que estou trabalhando incansavelmente para resolver. Já fizemos muito. Esse mandato aqui, quando comparado na eleição com outro mandato,  posso dizer que nesse vamos fazer pelo menos duas vezes mais do que fizemos no primeiro.

Qual o maior problema o sr tem que resolver hoje em seu mandato?

São todos, meu maior problema é o problema das pessoas. Cada um tem uma prioridade. Por exemplo, a falta de empregos é uma constante. Esse ano já estamos com 2.359 empregos. Entre os contratados e demitidos desse ano positivamente tem 2.359 e isso é a força do empreendedor, do empresário de Criciúma. Também sempre que o poder público pode intervir nós intervimos de forma positiva porque a ordem aqui no governo é não perder negócio. É permitir que todos façam negócio, por isso é a cidade que mais cresce em Santa Catarina. A questão da geração de empregos é uma demanda recorrente por isso tenho feito contato com vários empresários dentro e fora de Criciúma. A questão da saúde é um grande problema mas não é só do município. Nós vamos zerar toda a fila de espera de consultas e exames, que  é de responsabilidade do município. O terceiro procedimento é do governo do Estado e da União e aí falta concluir esse roteiro.

 

O sr fala em geração de empregos. Na última semana houve uma audiência pública sobre o Porto Seco, e o número apontado é de 3 mil empregos. Qual a contribuição da prefeitura para esse projeto?

No meu primeiro mandato nós fizemos a área industrial Realdo Santos Guglielmi no Laranjinha, que gera mil empregos diretos. Tem uma outra Área Industrial que acho que tem uns 25 anos, que gera quase 2 mil empregos e não tem sequer um metro de pavimentação. Então, a prioridade é dar toda a infraestrutura para essa Área Industrial no Grande Distrito do Rio Maina. Já estamos elaborando também o projeto do Loteamento Industrial Cizeski, na rótula da Linha Batista. As empresas ali instaladas geram movimento econômico que ultrapassa R$ 1 bilhão por ano e não tem sequer um metro de pavimentação asfáltica. Nós temos algumas prioridades e esses são alguns exemplos. O Porto Seco é importante, interessa muito mas nesse momento o governo do Município não tem recurso para isso.

 

O sr recebeu aqui o senador Jorginho Mello, junto com o Márcio Búrigo, que agora está no PL. Essa disputa política acirrada entre vocês ficou no passado?

O Márcio foi um bom vice, pena que não levou os princípios do vice como prefeito e o resultado o eleitor demonstrou nas urnas em outubro de 2016. O PL, o partido do Jorginho, tenho uma relação estreita com ele, que foi deputado comigo, ele era do PSDB. Eu o ajudei na eleição de senador e se possível estaremos juntos. O que ele tem me dito o Jorginho, é que o Márcio vai fortalecer o partido na região, nem tanto em Criciúma, mas vai trabalhar a nível regional preparando-se para a eleição de 2022.

O sr vislumbra uma chapa com o PSD novamente?

Como não tive problemas com o Márcio como meu vice, foi um bom vice, avalio também como um bom vice o Ricardo fabris. Eu não tenho motivo nenhum para trocar de partido e nem de parceiro. Meu partido é o PSDB e o Ricardo, do PSD e pretende ter o PSD como parceiro.

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