Tenho convicção que impeachment será rejeitado na Assembleia, diz Júlio Garcia - Karina Manarin

Tenho convicção que impeachment será rejeitado na Assembleia, diz Júlio Garcia

Em agenda ontem no Sul do Estado, o deputado Júlio Garcia, presidente da Assembleia e líder de peso do PSD, aparou arestas entre líderes do partido. Em entrevista exclusiva à coluna do Jornel TN e ao site, classificou a situação local como divergências normais e negou crise. Mais que isso, Garcia avaliou o cenário político estadual e considerou exagero o pedido de impeachment do Governador Moisés. 

Está protocolado na Assembleia pedido de impeachment do Governador Moisés. Qual a expectativa para esse processo, ele prossegue?

Minha avaliação é que o impeachment foi criado na Constituição de 1988 para situações extremas. Acho que não estamos vivendo em Santa Catarina uma situação extrema. É uma situação pontual que pode se houver eventualmente algum equívoco, pode ser corrigido e com isso sana o processo. Penso que há um exagero em uma situação dessa, pontual requerer pedido de impeachment. A Assembleia vai fazer a tramitação na forma da Constituição, da Legislação e do regimento interno, mas eu tenho convicção que ele será rejeitado pela Assembleia.

Mas rejeitado pelo plenário ou nem chega a plenário?

Ele pode chegar ao plenário. Depois de ir à Comissão, dependendo do posicionamento da Comissão, ele vai a plenário e o plenário certamente irá rejeitar o pedido.

Isso deve acontecer já na volta do recesso?

Na volta do recesso formamos a comissão, a comissão delibera e depois vai a plenário. Imagino que no máximo durante o mês de março esse assunto está liquidado.

Além do impeachment, outros assuntos polêmicos na Assembleia, como a Reforma da Previdência. Há também no cenário a ameaça de greve dos militares. O sr considera que esse será um ano difícil para o Governador Moisés?

A reforma da Previdência deve ser analisada com muita cautela pela Assembleia, por isso que não colocamos em pauta, e essa foi uma decisão colegiada dos líderes que compõem os partidos da Assembleia Legislativa. Por precaução, decidimos não votar de afogadilho no mês de dezembro. Eram poucas as sessões que restavam para deliberar e deixamos para fevereiro. Dia 4 de fevereiro vamos fazer uma reunião de líderes, estabelecer um calendário, discutir amplamente durante o mês de fevereiro e possivelmente votar no início de março. Essa é uma matéria que mexe com muitas pessoas, muitos servidores, com suas famílias e tem que ser tratado com responsabilidade, respeito e no final decidir com bom senso.

Mas o sr considera que deve ser um ano difícil para o Governador?

Essa matéria é uma matéria complexa. Ela é praticamente o que dá início ao ano Legislativo. No demais as dificuldades que aparecerem, vão permitir fazer uma avaliação se o ano é difícil ou fácil. Para Governador o ano nunca é fácil. Pode ser mais difícil ou menos difícil.

Eleições em Criciúma. O sr tem afirmado que a coligação PSDB/PSD deve ser reeditada. Ricardo Fabris é novamente o pré-candidato a vice indicado pelo PSD?

A executiva municipal de Criciúma é que vai decidir. Se fosse hoje, a escolha certamente nós faríamos a composição com o PSDB e certamente seria o atual vice-prefeito Ricardo Fabris.

Percebemos no fim do ano passado que vereadores do PSD, apesar de serem da base não estavam votando com projetos do prefeito Clésio Salvaro. O que ocorre no PSD de Criciúma?

O MDB estadual, através de sua bancada, apóia o governo Moisés. Isso não quer dizer que o MDB vai apoiar o Governador Moisés na eleição. Pelo contrário, o MDB vai ter candidato. Naturalmente. Então a relação entre partido, a bancada e o Governo de plantão, é uma relação que se dá com liberdade para aqueles que são eleitos. Os vereadores do PSD tem votado em matérias a favor e outras contras mas não considero que haja crise.

Essa informação que tem vereador do PSD que pode sair do partido. O Sr chegou a conversar com algum deles?

Conversei com o vereador Lima, a vereadora Camila e o presidente do partido, Ricardo Fabris e existem divergências que são normais. Não vejo nenhum motivo para preocupação e muito menos para imaginar que temos crise.

 

 

 

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