Carros de corrida que chegam a velocidade de 309 km/h, conduzidos por pilotos virtuais, é a grande novidade tecnológica que chegou a Europa no dia 16 de junho. Uma competição de veículos autônomos foi realizada no autódromo de Monza, na Itália, quando pela primeira vez no mundo, pilotos virtuais receberam carteira de habilitação oficial.
O jornalista catarinense Júlio Cancellier participou do evento e relatou o que viu na Itália: “Foi realmente uma experiência inacreditável, ver os carros de corrida saindo dos boxes sem pilotos e passando na sua frente a quase 300 km/h”, relatou. Ele fez contato com o professor Marko Bertogna, chefe de uma das equipes e membro do Departamento de Ciências Físicas, Informática e Matemática da Università degli Studi di Modena e Reggio Emilia.
O objetivo é promover um intercâmbio das universidades catarinenses com os europeus, a fim de estudar os carros autônomos e trazer a novidade para o Brasil. “O professor Marko abriu as portas para Santa Catarina conhecer o projeto”, informou Cancellier.
A demonstração aconteceu na MiMo Milano Monza Motorshow 2023, um evento de supercarros que reuniu mais de 40 marcas famosas para apresentação de seus novos modelos e tecnologias como os carros elétricos e autônomos.
A principal atração da feira automobilística foi a Indy Autonomous Challenge, com a participação de cinco equipes. Por meio da Inteligência Artificial, pilotos que não usam capacete e macacão, conduziram os veículos de corrida, ou seja nenhum humano no cockpit dirigindo as máquinas.
Isto se torna possível graças à algoritmos que permitem que os veículos acelerem, freiem, façam curvas e ultrapassagens. Sensores instalados nos carros permitem interpretar o circuito e os outros veículos na pista. Tudo isso programado em computadores que ficam instalados nos boxes.
A pista de Monza se tornou o primeiro circuito da Europa a sediar a competição de carros autônomos que já existe desde 2021 nos Estados Unidos com premiação de um milhão de dólares. São utilizados carros de corrida Dallara, os mesmos da Fórmula Indy adaptados para correr sem pilotos.
Trabalham neste projeto pesquisadores de laboratórios de universidades de ponta (Politecnico di Milano, Università degli Studi di Modena e Reggio Emilia, Korea Advanced Institute of Science and Technology (KAIST), Technische Universität München (TUM), e o team USA MIT-PITT-RW, Massachusetts Institute of Technology (MIT) em colaboração com a University of Pittsburgh, Rochester Institute of Technology (RIT), e University of Waterloo).